Podemos caminhar em algumas direções, ao pensarmos em estratégias pela paz. Os interesses comuns para evitar a guerra ou conflitos armados que passam por políticas governamentais; os planos ou normas a serem seguidas ou executadas para regular as relações entre os Estados; os planos de segurança pública para a convivência social no interior das sociedades e, por fim, novas atitudes e reflexões para culturas e práticas no sentido mais cotidiano, local e institucional, que incluem as transformações para o desenvolvimento humano.
Nas reflexões sobre a existência atual, a paz e determinadas posturas nas relações sociais para uma cultura pacifista despontam em relevância. As medidas no âmbito do direito, das relações internacionais e políticas são fundamentais, mas dependem, também, de uma rede de atitudes educativas, de menores a maiores, não violentas, e com significados éticos para a paz.
Há ainda quem defenda que os projetos de paz não podem ser implementados a menos que os seres humanos adquiram percepção ampliada e sintonizada com o que vem a ser a paz e a não violência, inclusive simbólica.
De todo modo e, como afirmou o pensador Edgar Morin, “precisamos abrir nossas cabeças”, reformar o pensamento. Re-aprender, nesse sentido, é aprender a viver, a partilhar, a comunicar, a comungar, enquanto humanos do planeta Terra.
Essa possibilidade de diálogo é, também, um aprendizado da não violência, em que as ações culturais, como intervenção educativa, são vitais.
Nesse sentido, a promessa de paz é também a possibilidade de troca e o reconhecimento do outro como igual em suas diferenças. Nessa aventura, que é estar vivo, a paz é um consenso cultural diante da importância da existência humana.